
Ansiedade e dores de cabeça têm mais em comum que se imagina.
Ambas podem ser manifestações diferentes do mesmo desequilíbrio químico e energético cerebral e estes sintomas estão interligados.
Podemos com tranquilidade sugerir que quem tem dores de cabeça tem mais ansiedade e por sua vez, ansiedade desencadeia e facilita a dor de cabeça.
E, quem “nasceu” primeiro, ansiedade ou a dor?
A idade mais comum para o início do aparecimento da dor de cabeça é a adolescência. Coincidentemente é durante esta idade que se costuma aumentar muito a ansiedade e agitação.
Todos sabemos que esta idade é movida por uma agitação, ebulição de hormônios e emoções e não seria errado mencionar, uma sorte de sintomas no corpo.
É lindo ver que a natureza se explica nos elementos energeticamente além da fisiologia, aqui também interligamos 2 elementos e ciclos fisiológicos que estão energeticamente conectados no pentagrama. Uma relação entre a batuta de madeira regendo a agitação hormonal com a terra, metabólica, pensante e preocupada.
Existem três glândulas no seres humanos que coordenam a resposta do nosso organismo ao estresse(falamos do elemento madeira por aqui). Duas delas se localizam no cérebro (opa...localizamos o elemento terra) e são o hipotálamo e a hipófise.
A terceira, na verdade, não é uma glândula apenas e sim um par, localizadas sobre cada rim, são as glândulas adrenais (outro elemento surgindo: a água e dele nasce outra sentimento presente na adolescência, o medo).
A interação dessas três glândulas (e 3 elementos) exerce um papel muito importante em toda a nossa reação ao estresse.
Tanto na reação emocional quanto toda variedade de alterações químicas e físicas que ocorrem em resposta a este estresse e durante a adolescência, ocorre um aumento da reatividade desse eixo, levando a um aumento nas respostas hormonais ao estresse.
O estresse é um ajuste do nosso corpo a uma dada perturbação. Essa perturbação pode ser de ordem emocional ou física. Ou seja, é possível sentir estresse causado por fatores ambientais (externos), ou fatos que acontecem dentro do nosso corpo, físico e mental, causados pelos nossos pensamentos e emoções.
O estresse faz parte da vida e é absolutamente normal quando equilibrado.
Eventos considerados positivos como uma promoção no trabalho, um prêmio, o casamento, o nascimento de um filho, etc, também desencadeiam estresse.
Por isso, nem sempre ele está vinculado com algum acontecimento negativo. O estresse existe em duas modalidades, a forma aguda e a forma crônica.
Estas forma divergem na velocidade de reação do corpo, a forma lenta e mais crônica depende mais do eixo cerebral, já a forma aguda depende do sistema nervoso simpático que direciona as respostas rápidas, involuntárias, inconscientes, do nosso corpo ao estresse e também ao perigo.
Aqui a confusão começa.
Em resposta ao estresse, o sistema nervoso simpático provoca a liberação de hormônios como adrenalina e noradrenalina, que provocam sintomas físicos claros como o aumento da frequência cardíaca, pressão arterial e do ritmo respiratório, aumento de sudorese e priorização do estado de alerta em detrimento do estado de relaxamento e sono.
Além disso, acontecem alocação de maior quantidade de sangue para o sistema muscular, diminuindo o direcionamento do sangue para o sistema digestivo e também o desvio de sangue da parte “pensante” para a parte “primitiva” do nosso cérebro, que privilegia instintos, medo, proteção e comportamento inconsciente, impensado e automático.
Os sintomas da ansiedade são os mesmos provocados pela ação do sistema nervoso simpático só que muito mais intensos e incômodos.
Mas espere um pouco... não faria sentido, em termos biológicos, nosso próprio corpo funcionar na direção de nos causar uma doença. Então, uma das explicações mais aceitas para conciliar esse fato é que a reação do corpo deveria ocorrer apenas nas situações que o organismo está, efetivamente, em perigo de vida.
Acontece que hoje em dia, as situações de perigo de vida reais são muito menos frequentes, e nossas mentes estão em turbulência recebendo muitas informações e criando pensamentos estressantes que, para corpo, geram reação semelhante à fuga do perigo, mas que na verdade, não existe.
Então o estresse passou de ser causado por riscos reais e passou a ser causado pelos nossos pensamentos.
Ou seja, embora não existam mais algo nos ameaçando, nossa mente moderna cria preocupações e as interpreta como perigos iminentes resultando numa ativação constante do sistema nervoso simpático.
É irreal pensar que não existiam preocupações constantes antigamente. Contudo, ansiedade e dores de cabeça são consideradas doenças dos tempos modernos, isso porquê aumentou-se a proporção nos dias atuais, porém sabemos que sempre existiram.
Certamente não aumentaram pela eterna preocupação do ser humano, mas então porque?
Nem todo mundo que vive sempre preocupado, ativando o tempo inteiro o sistema nervoso simpático, sofre de ansiedade assim como nem todo mundo que passa estresse tem crises de dores de cabeça.
Então o que explicaria o predomínio da atividade do sistema nervoso simpático não configura, necessariamente a causa de ansiedade ou, muito menos, da dor de cabeça.
Ansiedade, em si, não é uma doença, mas uma emoção, assim como tristeza e alegria, os sintomas de hiperatividade do sistema nervoso simpático aparecem também nas situações mais banais, ou mesmo positivas.
Mas é quando os pensamentos negativos assumem uma proporção desbalanceada considerada irracional, ilógica e incontrolável, que se instala a dor de cabeça.
Mas a ordem dos fatores não altera o resultado, a mera antecipação da dor de cabeça associado a sensação de imprevisibilidade e ameaça de falta de controle das crises, fazem aumentar ainda mais a ansiedade, podendo desencadear ou facilitar as crises de pânico. Ambos os sintomas caminham juntos, como irmãos.
Estes sintomas também dividem o mesmo tratamento dos integrativos ao alopático, técnicas de relaxamento, meditação e acupuntura, ansiolíticos, bloqueadores da adrenalina, os chamados “estabilizadores do humor” como os antidepressivos e anticonvulsivos, são exemplos de tratamentos farmacológicos para ambos os sintomas.
Mas estes sintomas são uma coisa só?
A dor de cabeça é causada por um desequilíbrio energético e químico cerebral, envolvendo neurotransmissores como a serotonina.
Existe uma área localizada na base do cérebro, onde se concentra esse neurotransmissor e lá atua como um “filtro” dos estímulos sensoriais. Se esse “filtro” se encontrar em desequilíbrio, estímulos sensoriais que, de outra forma, não passariam por ele, acabam passando e ativando, inutilmente, centros cerebrais como os que te dão a consciência, percepção e interpretação da dor.
Cerca de 90% da serotonina é produzida no intestino e por isso é importante a alimentação saudável para que isso aconteça. Acontece que estamos cada vez mais com exposição tóxica, horários desalinhados do ciclo biológico e alimentação de baixa qualidade um importante fator que explica o fato de estarmos escalonando nos diagnóstico destes sintomas.
Não por acaso, a microbiota intestinal que é responsável pela produção deste neurotransmissor compartilha o mesmo elemento energético metal com o sistema imunológico e, quando desequilibrado, gera uma deficiência importante e inflamação (que aumenta dor), consumindo mais o elemento de choque, terreno da preocupação e ansiedade, despertando mais dor e angústia. Também é sediado neste desequilíbrio a contra regulação da agitação de madeira, trazendo à tona uma irritação e desconforto. Não é à toa que dizemos que a pessoa com constipação está enfezada, ou seja, sem evacuar, o sinal clínico de um intestino não saudável, é a irritação e ansiedade.
Assim, dizemos que ambos os sintomas teriam a uma causa em comum, o desequilíbrio energético neuroquímico.
O equilíbrio da serotonina e outros neurotransmissores que exercem um papel na base do cérebro pode ser influenciado por fatores alimentares, ambientais e comportamentais, seja em seu aspecto químico, seja energético. Em outras palavras nossos hábitos e estilo de vida interferem no nosso estado de ansiedade e dor.
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Dra. Andrea Alterio é nutricionista – psicanalista e homeopata, especialista em nutrição clínica – funcional (e mais 7 especializações), com mestrado em nutrição humana e comportamental, psicanálise clínica e homeopata. Possui formações no Brasil e Itália em práticas integrativas em saúde.
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